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Micro e pequena indústria também não conseguem repassar aumento

 
     
 
Se as grandes empresas já estão com dificuldades de repassar os aumentos dos custos, nas micro e pequenas essa situação é ainda pior. "Não há espaço para aumentos até porque o consumo não está tão alto", afirma o presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi), Joseph Couri.

De acordo com os resultados da última pesquisa Simpi, em dezembro, o custos de produção para as pequenas indústrias aumentaram. Mas a maior dificuldade do setor ainda é o acesso às linhas de crédito, que vem se tornando mais difíceis.

Por isso, o Indicador de Investimentos da Micro e Pequena Indústria continuou a apresentar queda em dezembro e atingiu 19 pontos ante 20,8 pontos no mês anterior. Esse foi o pior resultado do ano, de acordo com o Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo Simpi/Datafolha.

Segundo informações da 10ª rodada, a queda foi registrada tanto na subcategoria das micros, com recuo de 19,8 pontos para 15,5 pontos, quanto nas pequenas, com recuo de 27,1 pontos para 15,8 pontos.

Os dados da pesquisa também sinalizam ligeira queda na pretensão de investimentos no último mês de 2013. Em dezembro, 19% dos dirigentes afirmaram que pretendiam aplicar recursos em máquinas e equipamentos, reforma ou ampliação do espaço físico, enquanto em novembro o total havia sido de 20%.

A pesquisa Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo foi realizada pelo Datafolha entre os dias 4 e 23 de dezembro com 305 micro e pequenas indústrias paulistas. São consideradas micro as indústrias que empregam até nove funcionários, e pequenas as de 10 a 50 trabalhadores.

O otimismo dos empresários com a economia brasileira, no entanto, terminou o ano com leve alta: entre outubro e dezembro, passou de 13% para 19% a fatia dos que avaliam como ótima ou boa a situação econômica atual do Brasil, e caiu de 47% para 39% a fatia dos que avaliam como regular. A taxa dos que consideram a economia como péssima se manteve estável no período, em 39%.

Em relação ao próprio setor, as expectativas também se mantiveram estáveis: 43% disseram que a situação é regular (ante 37% em outubro), 35% avaliam que é ótima ou boa (ante 37% em outubro), e 22% consideram que é ruim ou péssima (ante 26% em outubro). "Diante de todos os dados, acreditamos que se o país crescer até 2,5% será fantástico, porque pelo menos será um crescimento", diz Couri.

Fonte: DCI SP
 


 

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